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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Editorial: do dia 19 de janeiro de 2012

Extrapolou


No nosso cotidiano e nas nossas vivências em sociedade, uma coisa é certa: Não faltam assuntos e situações que servem para que usemos nossas capacidades de reflexão.  Eles, como não poderiam deixar de ser, obedecem escalas de importância de acordo com a visão e os interesses de cada pessoa. Para alguns, determinada situação é algo deveras importante, outros, enxergam diferente, e assim sucessivamente. Por exemplo, para uma pessoa abastada, algo que mereça a sua reflexão é consideravelmente distinto do que um pobre acredita ser importante. Um religioso listaria assuntos tidos imprescindíveis que, com certeza, será bem diferente do que uma pessoa que uma pessoa sem religião, ou que não costuma frequentar igrejas, templos, etc. E dessa forma é feita a nossa vida em sociedade, onde, cada um vê o mundo da sua forma particular, mas buscando sempre respeitar as diferenças. Dessa vez, falaremos sobre um assunto que para muitos trata-se de algo consideravelmente sem a menor importância, ou até mesmo desprezível ao extremo.  Digamos que nós concordemos em parte, mas, um acontecimento essa semana nos motivou a falar sobre tal. Trata-se dessa modalidade de programa televisivo que vem a cada ano ganhando mais espaço nas programações da TV mundial: Os realities shows.
Pois bem, essa semana, como cremos que todos já devem pelo menos ter ouvido falar, uma polêmica se instaurou no tal do BBB. Um participante foi acusado de ter forçado uma relação sexual com outra participante, e acabou sendo expulso do programa. Para piorar a situação, ele teve ainda que se explicar para a polícia, pois o caso figurava como uma espécie de estupro. Vejamos, há muito que a função social vem sendo questionada por muitas pessoas, mas cremos nós que agora a situação chegou a um ponto limite. Que espécie de contribuição há de ter um programa, onde produtores e diretores disponibilizam quantidades industriais de álcool para os participantes, os sujeitando a estados de consciência onde fazer besteira é algo não só possível, como o objetivo é justamente esse. Aí, deu no que deu. A produção do programa, ou seja, a emissora, que vem tentando posar de não culpada, é a única responsável pelo acontecimento. E se é culpada, deve ser punida. Simples e fácil.
Imaginemos que em um desses programas, após sujeitar seus participantes mais uma vez a porres homéricos, dois deles se desentendessem, brigassem, e por um desse acasos que norteiam as nossas vidas, batesse a cabeça no chão e morresse. De quem seria a culpa? É claro que é da emissora. Cremos nós que esses tipos de programa já devem ter suas funções sociais, se é que existem, questionadas pelas nossas autoridades competentes. Contribuem com o que mesmo? Que espécie de valores eles passam para as nossas famílias? Que efeito produz nas crianças? O momento é esse, chega disso.

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