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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Editorial: do dia 12 de janeiro de 2012

Crenças em xeque


Em tempos de desrespeito com os mais velhos, desonestidade convencionada e valores interpretados e colocados em prática ao avesso, não pestanejamos em afirmar que as práticas religiosas são coisas benéficas para o ser humano. É óbvio que quando afirmamos “práticas religiosas”, estamos abordando o ponto de vista de quem a pratica sinceramente, e não quem se utiliza da fé alheia para se auto beneficiar. São coisas distintas.  Vale ressaltar que ao afirmamos que vemos com importância as religiões, não estamos sendo preconceituosos ante os muitos que são felizes e realizados não tendo crença alguma. Cada um escolhe o caminho que melhor lhe convir, disso não duvidamos. Mas o que também não faz com que mudemos o nosso posicionamento em relação à religiosidade. Enxergamos da seguinte forma: Independente de que vertente a pessoa em questão simpatize, todas elas terão pontos em comum, que culminarão com questões tipo, respeito à família, amor ao próximo, distância das drogas, dentre outras situações. Quem poderá afirmar que tais características não são benéficas para o ser humano?  Nós não temos dúvidas.
Mas há uma grande diferença entre crer na importância das religiões e querer impor as suas práticas. Já se foi esse tempo, onde, inclusive, muita gente foi perseguida ou morreu nas fogueiras inquisitórias. Já se foi o tempo onde havia uma religião oficial e Estado e a Igreja eram instituições que se confundiam. Já se foi o tempo onde sessões espíritas e cultos afro brasileiros eram, ao bel prazer das autoridades, invadidos e quem não conseguisse correr era preso. Os tempos são outros, ou para sermos mais claros, a liberdade de religião é algo que há muito é previsto na constituição brasileira. Ante isso, é óbvio, ninguém pode ser tolhido de praticar qualquer que seja a sua fé. Da mesma forma que ela não pode ser imposta. Isso é fato, ou melhor, isso é lei.
Vejamos, está causando polêmica uma notícia que vem correndo a cidade. Ela afirma que o prefeito teria sancionado um projeto de lei de um vereador evangélico, que prevê que a partir do começo das aulas, será obrigatório que os alunos rezem o chamado Pai Nosso. Mesmo que o edil estivesse munido da melhor das intenções, e mesmo que todos saibam que rezar não há de causar mal algum a pessoa, há de se ressaltar que, quando se mexe em questões ligadas à religião, a polêmica é certa. Então cremos que o melhor seria deixar as coisas como sempre estiveram. Até porque, a função de um político é trabalhar para atender as necessidades palpáveis. Deixai as questões subjetivas a critério de nós mesmos. Simples e fácil.  

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