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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Editorial: do dia 09 dezembro de 2011


Violência cotidiana


Um problema, quando nós permitimos que ele corra livre, a situação só tende a se agravar. Isso se aplica a qualquer espécie de problema que possa existir. Se buscamos controlá-lo, mesmo que isso não o solucione por completo, superá-lo se torna uma tarefa menos árdua. Mas, deixar que ele corra livremente, como cordeirinhos em um enorme pasto, não tardará para que ele se encorpe e se torne algo cada dia mais difícil de combater. Trata-se de uma lógica irrefutável e aplicável perfeitamente a qualquer instância de nossas vivências, seja em nossas vidas pessoais, ou com os assuntos relacionados aos interesses da coletividade. A grande questão é, quando ele se refere às nossas vidas, cabe única e exclusivamente a nós buscarmos as devidas resoluções, mas, se ele é algo que aflige o coletivo e se mostra como um verdadeira mazela social, ele só pode ser superado com os esforços coletivos da própria sociedade.
Um bom exemplo para essa questão é a violência. Quem costuma acompanhar sites e jornais locais já teve a infeliz surpresa em constatar que a região, em especial Ilhéus e Itabuna, vivem momentos sinistros ante tal questão. Quase que diariamente matérias sobre assassinatos, bocas de fumo fechadas, armas apreendidas, tiroteios, assaltos, ganham cada vez mais espaço. Destaque negativo para a nossa vizinha Itabuna, que é considerada uma das cidades mais violentas do país para jovens e adolescentes. Mas não fiquemos iludidos, porque Ilhéus não fica distante dessa triste realidade. Talvez estejamos mais próximo do que podemos imaginar. A grande questão é que nos bairros periféricos a criminalidade é explicita, e, enquanto só pobre estiver morrendo, a sociedade não dará a devida importância.
Mas uma coisa é certa, do jeito que as coisas estão, não podem continuar. Vivemos em uma cidade de médio porte, mas que já tem problemas típicos dos grandes centros urbanos. Muitas vezes, até pior do que muitas capitais. Isso não é nenhuma novidade, mas, a grande questão é que as autoridades competentes nos dão a impressão que temos a obrigação de conviver pacificamente com a violência, como se nada estivesse acontecendo. Pior, pelo menos a nível municipal, não percebemos nenhuma movimentação no que diz respeito a evitar que a criminalidade siga arrebanhando levas e levas de adolescentes. Enquanto isso, a insegurança paira em muitos locais. Azar da grande maioria da população, composta por pessoas de bem, que se veem como espécies de reféns, em uma sociedade que se diz democrática, mas que não oferece a segurança esperada. Até quando?

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