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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Editorial:


Desserviços públicos
O que se espera quando destinamos uma relevante quantia dos nossos parcos vencimentos para pagar por um serviço ou por um hipotético produto?  É mais do que óbvio que esperamos que ele atenda de maneira plenamente satisfatória os nossos anseios. Caso tenhamos adquirido um produto qualquer e ele venha com algum defeito de fabricação, a lei nos assegura que temos total direito de termos nosso dinheiro de volta, ou, caso queiramos, exigir que um outro exemplar nos seja disponibilizado. O que não pode é ficarmos no prejuízo. Aliás, existe um órgão específico para garantir aos consumidores justamente a devida orientação para que ele não seja lesado quando for comprar algo. Trata-se do Procon. E hoje em dia podemos tranquilamente afirmar que nós, meros consumidores, temos a lei do nosso lado, pelo menos no referido quesito. Salvo alguns poucos exemplos, não temos muitos problemas para fazer valer os nossos direitos. Mas, mesmo assim, ainda existem algumas espécies de serviços que ainda deixam muito a desejar. Em especial alguns que seguem sendo ofertados pelo Estado. Serviços esses, vale ressaltar, imprescindíveis e que caso não paguemos em dia, somos privados deles, e não tem argumentação.
Estamos nos referindo aos serviços de distribuição de energia elétrica e de abastecimento, que também inclui saneamento básico. Ninguém há de questionar que tratam-se de serviços indispensáveis, em especial para a grande parcela populacional que reside nos centros urbanos. Acontece que tais serviços são campeões em reclamações por parte dos seus milhares de usuários. Vejamos, nas nossas contas de água vem inclusas cobranças, além da quantidade de água que consumimos mensalmente, por um serviço de esgotamento sanitário. Acontece que, como desconfiamos que todos saibam, a grande maioria dos bairros da cidade não são contemplados com saneamento básico. Muito pelo contrário, são muitos onde o esgoto corre abertamente em meio à ruas e vielas, e quando chove, tal se mistura com a água da chuva e invade muitas residências. Ou seja, pagamos por algo que era para ser um serviço, mas os fatos nos evidenciam que trata-se de um verdadeiro desserviço. Pelo menos até que nos provem o contrário.
Em relação aos serviços oferecidos pela nossa querida Coelba, as coisas não mudam muito. Nessa última segunda-feira os ilheenses tiveram o desprazer de constatar mais uma vez que a combinação chuva intensa e energia elétrica parecem ser coisas antagônicas. Por três vezes, fortes explosões foram ouvidas da central de distribuição, seguida da falta de energia. Sem dúvidas, com esse incidente, muitas geladeiras, televisores e demais eletrodomésticos pifaram. Ou seja, caso os prejudicados resolvam recorrer, isso representará prejuízos para a companhia de eletricidade. Não seria mais vantajoso, ao invés de gastar todo esse dinheiro com esses concertos, investir na modernização do serviço, a ponto de evitar que toda vez que chova, explosões aconteçam e a energia pare de chegar nas residências? Pelo visto muita coisa ainda há de ser melhorada, ou então, faltará Procon para atender tamanha demanda de insatisfações.            

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