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quinta-feira, 15 de setembro de 2011


Editorial:

Obras do sem fim

Imaginemos uma hipotética situação, onde por um conjunto de motivos, uma pessoa resolve realizar uma ampla reforma em sua casa. Uma equipe de pedreiros é destacada para trabalhar pesado em vários setores da tal casa. Paredes serão demolidas e outras reerguidas, novas em folha. Todo o piso do lugar será modificado, a estrutura do telhado, etc. Com dinheiro mais que suficiente em mãos, o proprietário dentro em breve terá praticamente uma nova casa. Atentemos para um detalhe citado: “dinheiro”. Ninguém em sã consciência começará uma reforma, ou qualquer que seja a construção, caso não disponha dos recursos necessários. Aliás, quem já se aventurou nessa empreitada deve saber que geralmente os valores utilizados são maiores do que os planejados. Mas nada que atrapalhe o bom andamento da obra, caso, obviamente, a pessoa em questão tenha dinheiro. Quem está de fora costuma fazer interessantes análises sobre as execuções de obras. Caso ela seja realizada de maneira rápida, costuma-se afirmar que é porque o dono tem condições financeiras. Já nos casos onde as construções demoraram muito para serem concluídas, é indício de parca grana.
        Vejamos, nesse contexto não podemos negar que imprevistos acontecem. As vezes fazemos um planejamento, e no final das contas o valor que há de ser gasto extrapola a quantia em posse. Nada anormal. Mas como afirmamos, para reformar é preciso ter dinheiro. Mas se resolvermos mudar o foco, e passarmos a analisar as obras públicas, outras conclusões poderemos tirar, mas em algumas situações a mesma lógica aplicada anteriormente pode ser muito bem adotada. Pois bem, cremos que as máquinas públicas não costumam sofrer com falta de dinheiro. Afinal de contas, impostos inúmeros colaboraram crucialmente para manter em equilíbrio os cofres públicos. No caso específico das prefeituras, talvez os recursos não sejam lá grande coisas, mas, mais do que suficiente para fazer coisas que são, nada mais nada menos, do que o básico, e, obviamente, obrigação dos tais gestores. Por exemplo, reformar uma praça, resolver problemas em determinadas ruas que alagam após chuvas, dentre outros serviços. Mas o que podemos concluir quando obras públicas, tais quais as citadas, se arrastam por longos períodos ou são iniciadas e paralisadas misteriosamente? Eis a questão.
         Qualquer semelhança com as situações vividas na nossa tão amada cidade, não é mera coincidência. Muito pelo contrário, a demora em concluir obras, aparentemente simples, vem causando indignação na população local. Ante essa situação, uma voz uníssona se faz ouvir nas ruas: Porque isso vem acontecendo? Falta de recursos não cremos que seja, a final de contas, para onde vai tamanho montante de impostos e arrecadados e outras infinidades de repasses? Eis o mistério que se instaurou nas ruas e esquinas da Terra do Sem Fim. O que a população quer não é simples respostas, ou mera desculpas, justificando as demoras. O povo quer que elas (as obras inacabadas), sejam concluídas. E ponto final. Afinal de contas é compromisso moral e obrigação daqueles que tem seus salários pagos por nós. Muito simples, o resto será resolvido nas urnas.

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